Eu e o pé de feijão

Certo dia plantei feijão,

Aquele que ilustra a história do João...

Uns na areia e outros no algodão.

Reguei sempre cedinho

todos com muito carinho.

Logo o time do algodão brotou

e o outro não.

Passei observar com mais atenção,

e isso me levou a uma reflexão.

Os feijões do algodão logo cresceram,

suas folhas apareceram.

Os da areia timidamente despontavam...

Xereta eu fui investigar

suas raízes olhar...

Os que rapidamente cresceram

e graciosamente apareceram

raízes frágeis tinham.

Os que lenta e timidamente brotavam

raízes fortes apresentavam

mostrando que sua suposta fragilidade

Era um equívoco meu.

Refleti então,

observando o feijão

que assim somos nós.

Cada um suas bases,

forte ou frágeis

nos desenvolvemos em tempos

E ritmos diferentes.

Nem sempre o mais evidente

será o mais forte.

Nossas raízes determinam

quem seremos!

Que hoje o mais frágil pode ser

O que mais fortalecido será.

Não somos formados (felizmente).

Somos indivíduos ímpares.

Essa diversidade

é o segredo da humanidade.

O mistério Divino

que nos permite ser

Cada um em seu tempo...

Cada um de sua forma...

Cada um no desenvolvimento

De seu mistério Divino.

E toda essa reflexão

Graças a um pé de feijão.

Nana Silva
Enviado por Nana Silva em 23/08/2021
Código do texto: T7327046
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.