JURAS

Quantas vezes jurou

que me amaria eternamente,

mas juras somem no vôo,

não restou nem uma semente...

Palavras se deitam no papel,

copulam, produzem poesias,

mel se parece muito com fel,

uma fresta entre a noite e o dia...

Quem ouviu juras, em arrepios,

jamais delas se esquecerá,

mesmo sob cobertas o frio

na alma, por certo, virá...

Dedos cruzados, arruda, figas,

crer é uma das virtudes humanas;

como também maléficas intrigas,

juras eternas, quiçá, insanas...

Se jurar por telefone, esqueça...

Se jurar por cartas marcadas,

por recados, suma, desapareça...

Jurar por jurar é dizer nada...