Trivialidades
Veredas da vida
Ai, como dói tua chacina
Ousadia de tomar de mim
O que não podes suportar em ti mesmo
Ah destino cruel
Infidelidade conjugal
Preconceito entalhado
Em idealismo mesquinho e banal
Deve ser duro
Ter que abrir mão de tudo
Pra no final ser meramente
Uma peça em um tabuleiro ideal
Deve ser irritante, não é?
Saber que tudo que se preza
Tudo que se busca
Nem todo mundo corre atrás
Alguns ódios nascem do medo
E repulsa também vem de invejar
Algumas feridas são causadas
Por quem , mais, diz amar...
Doce como mel
Atormentador como fel
Será que essa tua ofensa
Não é meramente, uma oferenda cruel?
Séculos de um passado ruim
Versados em palavras bonitas
Que ironia, não acha
Nós matamos pra termos nossas vidas
Protestar e se rebelar
Isso tudo tem a mesma medida
O problema é que um se rebela em paz
O outro, faz protesto assassino
A verdade é subjetiva
E a mentira também é ideal
O que te faz bem pode não se encaixar
No gosto do teu igual
A palavra é uma arma letal
Quantos mais serão silenciados
Em detrimento de um verbo
Que deveria servir como religar?
Já me alongo demais
Muitos o acham trivial
Mas a realidade é a seguinte:
O teu bem, pode também fazer muito mal