O ódio desértico dos vossos olhares.

Eu não tenho vergonha dele, tenho deles, eles são perigosos, estúpidos, terríveis leões.

Representam uma terra desértica, ululam o dia inteiro, comendo o solo sem grama, vivem em um campo sem adubação.

Gado, gado, a diferença fundamental a boiada ainda tem sal e silagem.

Cultuam a ignorância, não sabem o quanto são inúteis , o fenômeno das representações fúteis.

Com efeito, a burrice é maior que o analfabetismo, o que fazer, nada, não existe perspectiva para o solo improdutivo.

O preconceito de um tupiniquim, então aqueles que comem o vento, metafisicando o tempo, salvando a perdição.

Muito melhor acreditar nas cores do infinito, como alguém pode prender-se no delírio, vivendo a loucura, soçobrando em um rastro de perversões.

Com efeito, como sonhar a ternura em um mundo de assombrações, a demonização do céu epistemologizado.

As vossas pessoas o mundo destruído, triste, muito triste, suas eminências.

Como tive sorte sair deste pandemônio, não vivo sequer as recordações, sei que o inferno as suas condecorações.

O futuro a continuidade da estupidez, o olhar espúrio das vossas hermenêuticas, a estrutura psíquica do próprio habitat.

Serem o inferno a razão das vossas predestinações.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 21/09/2021
Reeditado em 21/09/2021
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