OBSERVAÇÕES DO EU

Busco o sol

Pois sei que sempre que os raios de luz atravessam a cortina das manhas

Meu espírito renova-se, guiado pelas mãos do vento

Abrindo em mim uma vontade de estar vivo

Como se eu fosse um pássaro desperto, urbano e habitual

A encher o vazio das almas, com seu canto soturno

Sou assim, renovável como a vida!

Deixo-me levar pelos ventos cambiantes da realidade tormentosa

Altero meu plano de voo sempre que preciso

Porque na verdade talvez não tenha nenhum plano

Minha alma é dispersa e leve como as borboletas

Saída dos véus finos das incertezas

Dançando sobre uma planície de vidro

Que reflete a vontade descontrolada de me ver como sou

Para pessoas como eu não há destinos precisos nem rotas viáveis

Caminho pelas sensações do dia que habito

Enquanto, torvelinhos se formam ao longe no mar do coração

Observado somente pelos olhos estranhos das videntes.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 29/09/2021
Reeditado em 23/01/2023
Código do texto: T7352726
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