O POUCO QUE ME CABE

A vida parece plena, nenhum dilema ou cena de ciúmes

Pelo sucesso alheio, anseio que aconteça e que mereça

Cada centavo do que lutou para conseguir e sem dividir

Os méritos com ninguém, meus parabéns, que viva feliz.

Quanto ao que me cabe, basta só o mínimo necessário,

Tudo é temporário e nada levaremos além de uma alma

E a própria trajetória para galgarmos ao descanso santo,

Ao manto branco na casa azul e bem acima das nuvens.

Dá menos trabalho e não sobrecarrega o coração correr

Num ritmo mais lento, curtir o vento, respirar a liberdade

E fugir de confusões que são provocadas por tão pouco,

Qualquer louco perceberia e desdenharia dos distraídos.

Aprecio o merecido descanso em um remanso qualquer,

Quem quiser, é só concentrar-se apenas na própria vida,

Já tem muita gente fazendo jornada dupla ou quádrupla,

Sigo sem fazer alarde e com as mão estendidas, orando.

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