ESPERANÇAS MUTILADAS
Escuto o silêncio dos céus
Nessa hora de dúvidas e de horror.
As folhas caem, pálidas de desencanto,
E a paisagem é toda alheamento e dor.
A esperança torna-se um vinho azedo,
E o ódio surge grande, ameaçador.
De repente, nessa hora entorpecente,
Época de contradição e deslealdade,
Mediocridade e ostentação,
Sentimos o fedor cáustico da hipocrisia, da mentira,
O cheiro do medo, da raiva, da destruição.
Todas as pontes estão ruindo,
Não há como se chegar ao outro.
O tempo se esgota sem que tenhamos tempo de vivê-lo.
O ouro cintila enfeitiçando mentes e corações,
O espaço está poluído pela desonestidade
E por estúpidas e espúrias ambições.
A incúria, a corrupção, a negligência fatal,
Contamina livros, berços, os leitos dos hospitais,
Ceifa vidas, destrói aspirações e sonhos,
Criando ciladas, armadilhas, e umbrosos lamaçais.
Cai do firmamento um chuvisco salgado,
E os homens, entorpecidos, olham-se assustados.
Uma mórbida estagnação, como um malévolo pterígio,
Cega aqueles que buscam outra realidade
E só encontram propósitos mortos ou apodrecidos.
São criados labirintos de incerteza,
E ninguém sabe por quais terras caminha.
Os homens perdem-se de si mesmos,
Perdem-se dos outros homens,
Perdem-se de sua humanidade.
Dói, esse tempo de decadência e desamor.
Através de uma aposta com Mefisto,
Levados pela melíflua voz da enganação,
Os homens buscam os fáusticos prazeres proibidos
Nos pervertidos antros pós-modernos,
E com seus dedos vorazes, libertinos,
Espalham sombras, dúvidas e infernos,
Modificando estradas e destinos.
As horas desmanteladas choram
Diante da ambivalência da ética palaciana,
Do arbítrio e dos esgares dos poderosos.
O fedor cáustico da hipocrisia, da mentira,
A ganância leviana, despudorada,
Ignora os destroços de nossos sonhos,
E as nossas esperanças mutiladas.
Escuto o silêncio dos céus
Nessa hora de dúvidas e de horror.
As folhas caem, pálidas de desencanto,
E a paisagem é toda alheamento e dor.
A esperança torna-se um vinho azedo,
E o ódio surge grande, ameaçador.
De repente, nessa hora entorpecente,
Época de contradição e deslealdade,
Mediocridade e ostentação,
Sentimos o fedor cáustico da hipocrisia, da mentira,
O cheiro do medo, da raiva, da destruição.
Todas as pontes estão ruindo,
Não há como se chegar ao outro.
O tempo se esgota sem que tenhamos tempo de vivê-lo.
O ouro cintila enfeitiçando mentes e corações,
O espaço está poluído pela desonestidade
E por estúpidas e espúrias ambições.
A incúria, a corrupção, a negligência fatal,
Contamina livros, berços, os leitos dos hospitais,
Ceifa vidas, destrói aspirações e sonhos,
Criando ciladas, armadilhas, e umbrosos lamaçais.
Cai do firmamento um chuvisco salgado,
E os homens, entorpecidos, olham-se assustados.
Uma mórbida estagnação, como um malévolo pterígio,
Cega aqueles que buscam outra realidade
E só encontram propósitos mortos ou apodrecidos.
São criados labirintos de incerteza,
E ninguém sabe por quais terras caminha.
Os homens perdem-se de si mesmos,
Perdem-se dos outros homens,
Perdem-se de sua humanidade.
Dói, esse tempo de decadência e desamor.
Através de uma aposta com Mefisto,
Levados pela melíflua voz da enganação,
Os homens buscam os fáusticos prazeres proibidos
Nos pervertidos antros pós-modernos,
E com seus dedos vorazes, libertinos,
Espalham sombras, dúvidas e infernos,
Modificando estradas e destinos.
As horas desmanteladas choram
Diante da ambivalência da ética palaciana,
Do arbítrio e dos esgares dos poderosos.
O fedor cáustico da hipocrisia, da mentira,
A ganância leviana, despudorada,
Ignora os destroços de nossos sonhos,
E as nossas esperanças mutiladas.