DESCOBERTA
Me descubro aos poucos
Desnudando nas névoas do tempo
As experiências que me fizeram o homem que sou
Do orvalho das lágrimas
Ao doce mel que emanou de todos os risos
Que as experiências de vida me guardaram
Toco em frente como um marinheiro
Que para seguir viagem,
Asteia as velas do seu barco
E, matreiro, pele queimada, cabelos brancos,
Sigo confiante, rumo ao desconhecido,
Mesmo sem conhecer a força dos ventos
Nem as surpresas que esses trarão
Mas sei que cada vento tem sua própria energia
E que essas energias nunca são iguais
Por isso mesmo são mágicas, únicas,
Desconhecidas.
Ventos que soprarão em mim de forma jamais sentida
A enriquecer e fortalecer, com seu sopro,
A centelha que habita minha alma
Talvez a alma gêmea, dessa vez?
Será a companhia definitiva?
A parceria espiritual?
E o que seria da existência não fosse o desconhecido?
O quão amargo seria!
É por isso, afinal, que estamos aqui!
Para brindar aos momentos,
E comemorar a vida!