Um mundo diferente

Um mundo diferente

Ela não se encaixa,

se perde no meio multidão...

Olhando pela janela,

não reconhece o que vê

Através dos vidros há escuridão.

Pessoas invisíveis,

parecem nada sentir.

Enquanto isso, ela parece estar só.

Não só de companhia, de família, amor, ou amigos,

só no planeta inteiro.

Duvida que até seja humana.

Estranha, no meio de almas que dizem ser normais.

A música não tem letra,

palavras soltas e dizem que traduzem o que se vive.

O que se vive hoje O que se vive hoje?

Alguém pode me explicar?

Vi gente vazia, gente vazia de vida.

Somos apenas animais, instintivos troteando dentre outros?

Quem são essas pessoas?

O que a pandemia fez?

Algumas, nem conseguiram sair do isolamento,

o isolamento interno, aquele que talvez inconscientemente nos colocamos,

e as que saem parecem não saber o que fazer.

Eu ainda não sei que fazer!

Ela está tão diferente e tá difícil a convivência,

Um alienígena no meio de todos que são “normais”?

Sim, porque ela já não se sente normal, é a única diferente? Ou existe mais gente?

O egoísmo, a individualidade, os pensamentos atrasados, olhos fechados,

é isso que está vendo?

E o que é essa transparência?

Essa importância com as palavras.... e da onde vem tantas respostas? Algumas dadas em segundos, outras não encontradas nunca

Pessoas dançam, dançam algo que insistem em chamar de música

Letras que depreciam o “ser humano”, embora todos dancem

E por que agora tantas perguntas? Por que tanto questionamento?

Não podemos só nos conformar e dizer: “ tempo passa” ou é “fase”, pode até ser, “estamos velhos”, simples assim.

Mas quando a repulsão e o medo chegam,

Só precisa olhar para o céu,

Que a cada vez que uma estrela se apaga, outra se acende,

E quando isso acontece ela é mais brilhante que a que sumiu.

SILVIA F SOUSA
Enviado por SILVIA F SOUSA em 01/11/2021
Código do texto: T7376364
Classificação de conteúdo: seguro