O ABRAÇO

Um sopro, flurrrr.

Um sorriso de canto de boca, aquele meigo sorriso e uma alma inocente.

Pronto para desvendar tudo o que há de mais profundo em seu ser.

Não há por que temer, na ternura daqueles olhos não há espaço para facetas.

Como uma onda que vem com mansidão, mas com uma eclosão invejável

De certo, ela é suficiente para derrubar o mais firme dos homens em um momento de descuido.

É, mas a onda sempre trás brisa e um som típico.

Me envolvo naqueles braços calorosos, mas sinto cheiro de tinta, um cheiro não tão comum, ela limpa sua boca em um lenço, e percebo a cor escarlate de um batom.

Beijo aqueles lábios sedosos e a levo até meu quarto, ela evita o espelho, continuo a minha busca incessante pelo poço dos milagres, mas, tudo que encontro, é um estojo de maquiagem.

Adrian Fahrenh
Enviado por Adrian Fahrenh em 30/11/2021
Código do texto: T7396714
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