ORFANDADE

Pensemos nos órfãos

Com suas almas tatuadas

A chorar sem entender

Sobre fascínios fúnebres.

Pensemos nos órfãos

Com destinos escorregadios,

Chorando sobre retalhos de madeira em cruz,

Buscando ilusória proteção.

Pensemos nos órfãos

Recrutando mistérios

Para derramar seus desconsolos

E segredar o destino das ausências.

Pois o pavio impotente da existência

Não susteve o que era luz.

Iz Cristina Avlis
Enviado por Iz Cristina Avlis em 03/12/2021
Reeditado em 04/12/2021
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