Ares de dezembro

 

Ora uma brisa mansa sopra à toa,

Sem destino, sem rumo definido,

Arfando um triste e tímido ruído,

Que lembra a poesia quando voa.

 

E sopra levemente em meu ouvido,

Como trouxesse a mim uma mensagem,

Que pinta uma sutil e doce imagem

Dalgum velho soneto esquecido.

 

Os ares de dezembro são amenos!

São partes do adeus e dos acenos,

De cada um dos dias de Natal.

 

Que trazem e que levam à lembrança,

A sombra da incrível semelhança,

Entre religião e capital.

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/12/2021
Reeditado em 04/12/2021
Código do texto: T7399804
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