As pessoas se sabotam.

As pessoas se sabotam.

Passam a vida procurando o amor impossível.

Orando pela princesa numa torre para poder salva-la e viverem felizes para sempre.

Pedindo o príncipe encantado que nunca traia, que não beba, que lhes enxerguem.

E quando isso acontece, os vícios emocionais estão tão enraizados,

que simplesmente não acreditam que sua procura chegou ao fim.

Não acreditam que suas preces foram atendidas, que aquilo é real , que merecem a felicidade.

É como se perguntassem "tá bom , mas e agora, consegui o que queria, o que faço com isso?".

Somos viciados no desamor, na dor, na ausência, no conflito, na eterna busca.

Nunca estaremos satisfeitos com o que encontramos , por que no fundo,

queremos continuar procurando, queremos justificar nosso medo.

É como se já não houvesse mais pelo quê se cansar, pelo quê se chatear, é como se se magoar fosse o objetivo.

Valorizamos a dificuldade emocional por que nascemos nela , crescemos nela, vivemos nela.

Como se o atrito fosse a regra, como se não tivéssemos o direito de ter algo não tóxico.

Pra aquele que está acostumado a apanhar figurativamente ou até literalmente todo dia, um cuidado é errado , um carinho é insulto. ( Você não é quem me desrespeita , por que eu deveria acreditar que gosta de mim se acostumei a acreditar que quem me maltrata o faz por que me ama?).

Precisamos nos curar, sob o risco de sangrar em cima de quem não nos feriu.

Dom Claudio
Enviado por Dom Claudio em 21/12/2021
Reeditado em 09/10/2023
Código do texto: T7411970
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