A JORNADA
Ao homem não é permitido
Viver sem algum contratempo
Navegar como um barco a vela
Perdido ao sabor do vento
Às vezes navega em mar calmo
Às vezes tropeça nas ondas
As águas nem sempre obedecem
O destino que o leme aponta
Pode o vento soprar mais forte
Nalguns momentos da viagem
Aos perigos da tormenta
Seguem-se raios da estiagem
Aos prantos da calmaria
Quando nem se avista o farol
Servirão as estrelas de guia
À espera de um arrebol
Nesta vida há erros e acertos
Pedras e plumas no caminho
Nos jardins cultivamos flores
Mas colhemos também espinhos