Fragmentado
Há tão poucas coisas no mundo como a solidão
Sentimento enrustido no olhar porém escuro no clarão
Odiar é tão significante mesmo sendo um amor errante
Pois a dor do ódio é a amostra de um amor não tão distante
Habita em mim um eu que as vezes de mim se esconde
Fora de mim há um eu que as vezes não me corresponde
O eu se fragmenta em meio a angústia que nos rege
A angústia em mim aflora quando a confiança vira prece
Aquele a quem me denominam vive mascarado
Aquele a qual eu vivo segue proliferado
Tento achar na dor o remédio para cura
Porém da mesma cura, provém a tortura.