Fragmentado

Há tão poucas coisas no mundo como a solidão

Sentimento enrustido no olhar porém escuro no clarão

Odiar é tão significante mesmo sendo um amor errante

Pois a dor do ódio é a amostra de um amor não tão distante

Habita em mim um eu que as vezes de mim se esconde

Fora de mim há um eu que as vezes não me corresponde

O eu se fragmenta em meio a angústia que nos rege

A angústia em mim aflora quando a confiança vira prece

Aquele a quem me denominam vive mascarado

Aquele a qual eu vivo segue proliferado

Tento achar na dor o remédio para cura

Porém da mesma cura, provém a tortura.

Filósofo Ferreiro
Enviado por Filósofo Ferreiro em 18/01/2022
Código do texto: T7432403
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.