Essência

Essência - Marta Souza

Cheiro fétido, perdido. Essência vencida!

Odor apodrecido de uma sociedade corrompida.

Sórdidos seres humanos que vagueiam

à sombra do egocentrismo nato,

A procura do “ter” ao invés de “ser”.

Um ser humano em seda vestido,

Mas, por dentro paupérrimo,

Miserável, maltrapilho.

Que ostenta pseudo sorriso

Entre frases egoístas, vazias, sem essência.

Por outro lado, tal qual o cheiro suave dos lírios

Esbanja verdade, compaixão, solidariedade.

Seres humanos que sem medir esforços

Praticam o altruísmo, sem egoísmo.

É a essência do “ser” ao invés de “ter”.

Sociedade minoritária que faz o bem,

sem olhar a quem.

Essência pura, mesmo diante de uma realidade dura.

Divide o pão, sacia a sede,

saem das quatro paredes para levar ao

necessitado um pouco de alento.

Há de se perguntar, de que lado quero estar?

Lembrando que “a planta é voluntária,

Mas, a colheita é obrigatória”.

Do ser humano que sou nascerá a essência

Que cheira como a gardênia,

Ou o mau cheiro que exala seu odor!