A simplicidade de ser...

 

Despertar e sentir o suave perfume das flores matizadas que florescem

Cândidos e incógnitos os murmúrios descabidos do orvalho a lagrimejar

Verdejantes estão as plantas pelo abrasivo calor e das chuvas ocasionais

As gigantes lagartas que se locomovem para o supremo metamorfosear

Rubras cores nas mansões de seus casulos, elaborados e excepcionais!

Infinitos os espaços onde seres se aninham, procriam e não esmorecem.

 

Perfis indefinidos e tímidos de sonhos delirantes que reacendem na noite

Na simplicidade estonteante, passos leves e floridos como no amanhecer

Traços vagos de seus semblantes obscurecidos perpassam como um açoite

Sensibilidades cristalinas em percepções precisas purificantes no alvorecer.

 

Planejar, deixar fluir! Se algo não der certo, maiores serão as probabilidades

Vendavais e chuvas transformam! Levantam poeira e lavam as ruas escuras

Os adeuses e abraços, sentimentos desolados e celestiais na formosura do ser

Profundos tormentos e eternos acalentos para as recordações com branduras

Comprimir os sarcasmos lívidos e planejar para o existir: viver! Florescer!

Ansiedades e angústias constantes e normais despertam nas cumplicidades...

 

 

 

 

 

Texto: Miriam Carmignan

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