Reconstrução...

Meu arranjo de flores se partiu

E o meu vaso de vidro de tão lindo,

Que pena, se quebrou

Agora ficaram os cacos e as flores espalhadas pelo chão...

Este arranjo exalava harmonia, delicadeza, beleza

Tão singela, como dava vida ao ambiente

Tinha um toque particular

Não, preciso reconstruí-la em outro vaso de vidro

Para que eu possa apreciar novamente por inteiro toda a sua beleza e o seu colorido

O vaso se rompeu

Mas os seus adornos e as flores

Estão intactas e preservadas

Vou recolocando as pedrinhas brancas

Que me lembram a solidez e as bases

Colocando as areias coloridas que dão vida e um toque de leveza

Fixo as flores, tão bonitas, a meu modo

Tentando harmonizá-la,

Ah! Que encanto

Como ficou lindo novamente!

Talvez este arranjo nada mais seja do que o reflexo do nosso mundo interno, um meio de fortalecer a nossa consciência que ultrapassa em muito a nossa expressão verbal

Nesta reconstrução cada um de nós projeta sobre os objetos e tudo o que nos rodeia sentimentos, emoções e cada detalhe de cada arranjo tem um toque particular, com significado único.

E quão belo é poder fazer os rearranjos de formas diferentes, mantendo e fortalecendo as bases novamente, podendo olhar sobre outros prismas, através das nossas próprias lentes!

Tão rica é a singularidade e a individualidade do ser humano

E que lindo, trocamos os vasos, mas mantemos a nossa essência, preservando as nossas raízes, a nossa estrutura e o nosso próprio aroma.

Reconstrução, um exercício constante...