[“Aquela” Estrada...] (Dueto)


“Aquela” Estrada...
Alaranjada, de barro batido
Cercada de Verde... A cor da Esperança...

“Aquela” Estrada...
Tantas vezes bebeu minhas lágrimas
E deixou partículas dela nos meus pés peregrinos...

“Aquela” Estrada...
Talvez saiba mais de mim
Do que eu mesma possa saber

“Aquela” Estrada...
Ladeada de verde
Ouviu confidencias

“Aquela” Estrada...
Se encantou
Com meu canto de Amor

“Aquela” Estrada...
Esquecida e ignorada
Foi a minha passarela

“Aquela” Estrada...
Empoeirada ou lamacenta
Tantas vezes meus pés acariciaram

“Aquela” Estrada...
Com seus tantos desvios
Curvas e encruzilhadas
Na verdade, caminhos...
De barro, de terra e cascalho
Sem nenhuma sinalização
Como chegar? Aonde se chegar?

“Aquela” Estrada...

A direção
Não está nela
Está na minha decisão...

“Aquela” Estrada...
É tão parecida comigo
Marcada por caminhos e eu por sentimentos...

São tantos sentimentos em minh'alma
Às vezes bons,... por vezes incômodos
Ora ansiosos... ora calmos

E, os caminhos que piso, se alongam ainda mais
E sem nenhuma orientação ou placa
Estarei perdida [sempre]?
Sei lá!

Em que me guiar?
E será que alguém sabe par'onde vai?
E por que mesmo sem saber, se segue... sem parar

Seguimos os passos
ou os passos nos
seguem?

Na vida que há nas telas [vivas] e, portanto, não é "natureza morta”
Quer alguém saber qual a cor da vida?
Talvez todas... Por mais que para alguns
Em sua sua verdade, a vida seja transparente
E por que não cada ser dar a sua Vida
A cor e o brilho que convier?

“Aquela” Estrada...
Como o sentimento
Não determina ou impõe nada...
Apenas nos leva onde o coração quiser...

E lá vai ela
se insinuando
convidativamente...

Se olho o céu d'onde estou, se olho pra cima...
Qual a cor que vejo [de longe}?
Talvez o azul (do mar),
Mas se olho e vejo co'atenção, enxergarei outras cores também

Seguem os olhos a que tudo contemplam
e de tudo se deliciam [co’a visão]
Oh! quanta beleza em tudo...

As cores existem lá fora ou seria do cérebro que vê?
O que sente, ó alma, diante do que vês?
Quanto verde dando passagem
para os passos

Às vezes não sei s'estou parada [no tempo]
Ou o tempo é qu'está parado [para mim]
Não consigo sempre definir o qu'eu sinto
São momentos que parece que a vida
Me dá um xeque!

Às vezes tento ir...par'algum lugar que nem sei s'existe, sei lá!
E alguém me diz qu'estou doida
ao qu'eu lhe jogo na cara:
- E por acaso você já tentou sair d'onde você está?

Meus passos é que me seguem
Sem eu mesma saber
Pra onde...

São tantas as interrogações...

“Aquela” Estrada...
Sem começo
e sem fim...

“Aquela” Estrada...

"Aquela" Estrada está em mim...
Peregrina,  Sou? Sim!
Sou Peregrina
de Mim...









Juli Lima e Cássio Palhares















Chris De Burgh - The Long And Winding Road (Ouça)















[A Lua banha a Nossa Pele...] (Dueto)
Cássio Palhares e Juli Lima (Click)





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