OLHOS DA ALMA

O vidro chora,

Olhando o movimento

Na madrugada nostálgica.

A alma tocada num sopro

Sorrindo alcançando a lágrima.

O frescor da noite

No ilusionismo da janela.

Olhos com olhos vendo a alma

Tocando no peito a saudade.

A seda desliza no vento

Plantando arrepios ao leito

Na lucidez colhendo o encanto.

Num enfumaçado que disfarça

O gotejar das lembranças.

Rios de minha memória

Desaguando na inquietude

Sacudindo a primavera

Folhagens soltas pelo chão!

Val Bernardino
Enviado por Val Bernardino em 28/03/2022
Código do texto: T7482652
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