ME DEIXASTES O TEU PERFUME.

Me deixastes o teu perfume e te debandastes na madrugada,

sem levar praticamente nada dos adornos do teu corpo,

pois anéis e gargantilhas e delicadas presilhas,

se encontram ainda no criado mudo e nisto se resume tudo,

que me atormenta e consola se o meu coração ainda chora,

minha alma as vezes rir pois não poderias está aqui,

com o teu coração em outras terras com muito custo esta dor,

se encerra mas me retiro deste campo amoroso,

mas não que eu seja tão idoso mais tão somente um desenganado,

não me alimento do passado e o futuro não me pertence,

me é pesaroso este presente onde os afetos se confundem,

e ainda que o amor abunde eu me reservo ao escanteio,

se o que é bom nunca me veio não é agora ao por sol,

neste obscuro arrebol onde o vermelho alastra o pranto,

fico acuado no meu canto esperando a ordem do altíssimo,

para livrar-me deste suplício o amor carnal é puro vício,

e deste mal por tantos indícios creio já estou curado.

(Miguel Jacó)

Jacó Filho

há 1 dia (4/4/22, 4:45:30 PM GMT-3)

PRESO A TI

A vi partir levando meu coração,

Mas um patuá fizeste e deixaste,

Com teus objetos de estimação,

E com estes, a ti, me conectaste....

Ao olhar pro criado mudo,

Os vejo e te estudo,

Atrás da explicação,

De Porque nunca voltaste.

A vi partir levando meu coração,

Mas um patuá fizeste e deixaste...

Redonde Dualmetric) Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

Para o texto: ME DEIXASTES O TEU PERFUME.

Boa tarde nobre alfaiate das letras Jacó Filho, muito obrigado por esta instigante

interação aos meus pacatos versos, um abraço, MJ.