Fingindo esperança

Ela fingia não ver

Sabia o que lhe esperava e aguardava quieta

Não demonstrava sua hora sofrida

Falava sem querer de todas as coisas bonitas

Sofria de noite e também de madrugada

Via os os ponteiros do relógio passarem lentos

Até os passos da sua chegada quando ouvia

Era calma sem paz, era paz sem calma

Eram as dores cortantes no peito avançando

Era controle forçado nas ladeiras subidas

Avisando aos que queriam que ainda dava tempo

Foi para muitos o incentivo de suas vitórias

Ninguém imaginava o quanto ela sangrava por dentro.