SOU APENAS

Sou apenas andarilha

Semeio e colho nas linhas

Levo os risos, as lágrimas

Numa estrada empoeirada

Num trajeto sem mar

No rio que transborda

Ao som do universo.

Vejo cores riscando o mundo

A vidraça refletindo a vida

Beleza que me cabe.

Verdade que pouco sei

O que pensei, não era

O que era, não sabia.

As invertidas nos levam

Ao outro lado da margem

A realidade de um sábio

Vendo que pouco sabe

Diante a grandeza do universo.

Vivemos sem sol

Mas não vivemos sem o luar.

A vida e seus mistérios

A cobrança do ego

Salvando a rica memória.

Viver no egoísmo

Encorajado pelos poros

Ofuscando a reflexão.

Gratidão que sai

Mina que escorre

Levando rio ao mar.

Na face o mistério

Na plenitude de um aprendiz.

Val Bernardino
Enviado por Val Bernardino em 02/08/2022
Código do texto: T7573683
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