As sequelas dos descasos.
A estrela que se precipita,
A outra estrela possibilita, ocupar o seu lugar.
O tempo, em tempo, outra habilita,
Quiçá até mais bonita
E com mais capacidade de brilhar…
Se o sol, um dia, de raiar desiste,
Congela o que ao seu entorno existe,
Extingue o seu parasitário sistema…
Se a chuva, tornar-se tempestades, insiste,
O firmamento, ao tal colapso, não resiste,
E perde a cabeça e junto o seu diadema.
Todo descuido tem suas consequências,
Todos os descasos trazem abstinências,
Todos os amores, nessas dores se vão…
Todos os prantos rogam por clemências,
Todos os sentimentos declaram falências,
E decretam a morte do indigente coração.
Se a bússola esconde o magnético norte,
Se o homem entende extinguir-se na morte,
Assim, viver ou navegar, sequer fará sentido…
Apenas diligentes farão jus aos golpes de sorte,
Tensione a carne e amenize o contuso corte!
O mundo não socorre incautos e adormecidos.