A prece mais singela.

A nuvem parada

No meio do céu

Pedia ao sol que não viesse

Mas só que ele vinha

A pedra da beira do rio

Suplicou à nuvenzinha

Pra que essa não chovesse

E o pássaro que ia pescar

Desejou que a pedra

Não fosse escorregadia

A Plantinha diminuta

Existente por sob o galho

da árvore onde o pássaro vivia

Pediu ao pássaro que voltasse

Desejou que o rio corresse

Sorriu para o Sol todo dia.

Até hoje, não sei como acontece

Mas eu tenho a impressão

Que essa prece

Era a única que Deus ouvia.

Edson Ricardo Paiva.