POESIA DO APOCALIPSE

Beba o mais adocicado mel

Além da língua a entrar em contato.

Mais humano denso é sentir

Profusões de sabores diversificados.

Profundidade afoga quem mergulha

E detrás das nuances do âmago

Estão perdidos os olhares insolentes.

Sem escrúpulos invadir o mundo

Repleto de sufocamentos sociais.

O experimento atrai memórias

Tão presentes nas estradas a fora.

É o passado rumo sem prumo

Ferro na carne, é o vermelho intenso.

Sem semear nada fugaz

Numa alta penúria contumaz,

Ardores viajantes do peito,

Sabores das peles sem seio,

Apátridas ferramentas indolores.

Tão próspera chegada, avante!

Imagine um mundo colapsado

E que não deixe que os pássaros cantem

Nem brota petróleo encontrado

Debaixo de ossos enterrados.

Hivton Almeida
Enviado por Hivton Almeida em 17/10/2022
Código do texto: T7629883
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