Vida de barro

O barro do qual fui feito

Secou e está rachado

Minha face se quebrou

Os cacos que restou

Me deixaram deformado!

As cicatrizes encontradas

E os canais do rio da vida

Revelam as marcas,as feridas

De uma existência,maltratada!

Não foi culpa do oleiro

Sua obra era prima

Mas exposto foi o vaso

A um grande atoleiro,

E as marcas,virou sina!

Refletido no espelho

Vejo os sinais dos anos

Muitos canais, vários enganos,

De um barro que já é velho!

Pode um barro velho

Torna-se barro novo?

Pode um homem nascer denovo?

Ou seria bem melhor

O barro virá pó

E ser levado pelo vento?