O que nos resta

Ó Vida, que traz à nossa morte flores,

Mas também os espinhos da tristeza:

És cheia de vilezas e tão sem certeza,

E assim, trazes dores aos meus amores.

Como sei que tudo passa, sem demoras,

E as paixões, tão fugazes, são apenas

Reflexos das ilusões_ grandes e pequenas,

Só o que é eterno fica, sempre sem desoras.

Assim, prefiro as chuvas, os rios, a saudade

Que traz consigo as lembranças do passado,

E com elas me banho com a paz da serenidade.

Porque a vida é efêmera, são tempos alucinados,

E o que nos resta são entardeceres alaranjados,

E o amor nas formas de um beijo simples e casto.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 10/03/2023
Código do texto: T7736880
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