Restos de esperança e de luz

Sufoco-me em tristezas e temores tão vãos

Na penumbra da alma, onde se aninha a dor.

Suspiro por amigos e paixões que nunca se vão;

Em versos aflitos, grito em busca de algum amor.

No jardim de desejos, murcham as flores,

Pétalas que caem, lentas, sem alegria e cor.

Ecoam lamentos pelas escadas e corredores,

Na sombra das noites que choram de tanta dor.

Nas linhas que escrevo, vertem-se lágrimas,

Palavras marcadas pela ausência e solidão.

Suspiro pelos sonhos onde minha alma naufraga

Entre os versos tristes, sem companhia e afeição.

Sussurros ao vento, segredos contidos,

Confesso minh'alma em cada verso.

Em desespero, desnudo meus sentidos,

Buscando alívio num abraço imerso.

Amores quebrados, promessas vazias

São fios de prata nesta teimosia poesia.

Busco a leveza das asas, que talvez um dia,

Voem alto no céu onde alguma alegria irradia.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 19/05/2023
Reeditado em 19/05/2023
Código do texto: T7792339
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.