À procura do veraz amor
No crepúsculo dourado, onde os sonhos se tecem
Embrenho-me seduzido pelo platônico romantismo,
Como uma criança, em versos desconexos me expresso,
Buscando o amor oculto que vive no cume do abismo.
Sob a lua prateada eu encontro o meu refúgio,
Onde os mistérios dançam ao som do vento,
Ecoando nas colinas habita um cântico antigo,
Do eterno embate entre o real e o pensamento.
Através dos véus da ilusão e do corpóreo desejo,
Navego nas correntes do tempo e da memória.
Como um cisne solitário em um lago sereno,
Busco o cálice da paixão que vai além da história!
Encontro na natureza um símbolo profundo
Da metamorfose constante que em tudo persiste,
Como as ondas do mar que sempre beijam a praia,
O tempo flui enquanto o amor transborda e insiste.
Ó Amor fugaz, como uma chama que eu tanto canto!
Em teus olhos encontro o mistério da terra e do além!
As estrelas cintilam, testemunhas desse jubiloso encanto,
À medida que meu ser busca o veraz amor de alguém.