O Jovem Eremita do Outeiro

No topo de um outeiro, distante e sereno,

Vive um jovem eremita em seu próprio terreno.

Solitário nas alturas, entre o céu e o mar,

Encontrou refúgio num lugar tão singular.

Acompanhado pelas estrelas e o sopro do vento,

O eremita contempla a vastidão do firmamento,

Encontra na natureza sua mais fiel companhia,

Na sinfonia dos pássaros e na luz que canta o dia.

Seus passos são suaves, na terra pisando com calma,

Observa a vida que pulsa, na natureza que o acalma,

É um observador sensível, atento à brisa e às sutilezas,

Com os olhos da sabedoria enxerga além das grandezas.

Os livros são seus aliados, suas janelas para o saber,

Nas páginas dos clássicos encontra formas de crescer.

Emerge nas histórias, viaja por vários mundos distantes

Numa busca incessante por conhecimentos fascinantes.

O jovem eremita, com seu semblante sereno,

Conhece a melancolia, mas também o pleno,

Descobre a força na quietude e na introspecção,

Encontra a paz das pedras e deus na escuridão.

Seu coração pulsa em sintonia com a natureza,

Sente a energia do universo, com toda a sua grandeza,

Não teme a solidão, nem os rumores da tempestade,

Pois encontra na solidão o estandarte de sua liberdade.

E assim ele caminha pelas pradarias, no topo do outeiro,

Amando as flores e os animais, como um anjo mensageiro.

Um jovem eremita, pelas mãos do silêncio ensinado e guiado,

Buscando nas chuvas o relâmpago de seu presente e passado.

No silêncio da natureza, encontra a espiritual comunhão

Com as árvores, os riachos, o luar, as pedras e a solidão.

Aprende, com o fluir dos rios e o sussurrar do vento,

Os mistérios que a vida lhe apresenta, sem tormento.

Suas vestes são simples, feitas de tecidos desgastados,

Não há vaidade ou luxúria em seus atos despojados.

Desapegado das amarras deste mundo tão material,

Descobre riquezas na simplicidade do mundo natural.

Ali, no cume do outeiro, ele cultiva seu precioso jardim,

Semeando amor e compaixão, regadas com água de jasmim.

As flores que nascem são símbolos de renovação e esperança,

Refletindo a pureza de sua alma, em constante mudança.

E na quietude do seu refúgio, encontra a autêntica plenitude,

Afagando os horizontes com o olhar de sua humilde beatitude.

Um jovem eremita que peregrina os montes do autoconhecimento,

Batizando com vida todo o outeiro, seu templo rural do firmamento.

E quando a noite cai, e o céu se enche de tristes estrelas,

O jovem eremita encontra forças em suas chagas e centelhas!

Contempla o infinito, sentindo-se uno com todo o universo:

“Sou a faísca que brilha em cada outeiro do Multiverso.”

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 16/06/2023
Reeditado em 18/06/2023
Código do texto: T7815267
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