RIO DE LÁGRIMAS, RIO DA VIDA!

Na beira do Rio, eu vi a vida passando!

Nas correntezas calmas, e nas turbulências de uma tempestade,

Que agita as águas em enormes banzeiros!

Que assombra a alma e a vida dos canoeiros.

Na hora da travessia!

Reza um Pai nosso e uma Ave Maria!

E Agradece a Deus pelo livramento.

Pois, na busca do sustento, e do abençoado alimento. A família se despede cheia aflição,

roga ao Senhor a proteção!

Pela dádiva concedida.

Mas o Rio é cheio de armadilhas : sinuoso, com rebojo, remanso, e banzeiro.

Mas o caboclo é astuto e altaneiro.

E sabe lhe dá com as tormentas,

que a mãe natureza lhe apresenta.

Assim é a vida! Como um rio, da nascente a sua foz, com início, meio e fim!

Porém, a vida se renova nas águas de um Rio,

e tudo se transforma em corpo, alma e espírito!

No barranco contemplamos o vai e vem das canoas,

e a brisa do vento seca as lágrimas da tristeza da despedida e na alegria de quem vai chegar!

Nas águas correntes, lavo minha alma, e renovo a confiança!

Na crença de dias melhores. No entanto...

Muitas vidas se vão, para nunca mais voltar!

Deixam saudades e lembranças, e na fé e esperança,

De um dia reencontrar!

Rio de lágrimas, Rio da vida!

Gilmar Palheta
Enviado por Gilmar Palheta em 26/07/2023
Código do texto: T7846345
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