Anfitriã Eterna

À espreita a morte conosco vaga,

Para descer aos sombrios leitos;

Até findar-se a aventura amarga,

No infortúnio estaremos sujeitos...

As flores na terra serão a estampa,

Os prantos vertidos agora também.

Cingindo a terra que agora acampa,

Com uma prece e findando Amém...

Cova soturna, silente e medonha

Abrigo soturno, funéreo da paz,

Melancólica sina desta anomalia...

A laje encerra de forma tristonha,

A alma defunta à terra então jaz,

Carcaça vencida em algoz moradia...

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Escrevi esse poema após participar em um tour pelo Cemitério da Consolação em São Paulo, e lá me deparar com obras arquitetônicas refinadas e belas.

Infelizmente a prefeitura de São Paulo, é relapsa quanto à esse patrimônio cultural, religioso, sacro e histórico, visto que ali, a memória de personagens que contribuíram para a grandeza do estado e do país, são muita das vezes vandalizados, depredados e roubados. Isso é triste...

Oxalá, a prefeitura de São Paulo siga o exemplo do Cemitério de Recoleta na Argentina, onde milhares de turistas o visitam todos os anos.