LABIRINTO
Estou em um labirinto...
Repleto de flores, rosas e espinhos...
Estou sozinha!
O vento bate em minha pele.
Sinto fortes arrepios.
Consomem minha alma desgarrada.
Gentilmente o sol surge entre as nuvens.
Quem sou eu?
Sou aquela que foge para o mundo interior?
Ou aquela que tenta encontrar a saída?
As muralhas, ao meu redor, sufocam a minha alma.
Escondem meu destino possuído pela volúpia.
Falta-me ar!
Olho para todos os lados e não vejo uma saída adequada.
Sinto-me confusa!
Fecho meus olhos e sento.
Respiro profundamente por um longo tempo.
O sol, gentilmente, queima minha pele...
Levanto-me inesperadamente.
Estou firme!
Ainda com os olhos fechados,
Sinto o meu coração.
Ele é a resposta!
Sinto-me livre!
Delicadamente caminho...
Ando, ando, ando e encontro a saída.
Tão simples!
Tão precisa!
Tão verdadeira!
Neste novo caminho,
logo no início,
encontro um espelho...
E, nele só há minha imagem refletida,
com um sorriso enigmático.
Olhando só para mim.
Gosto do que vejo!
Sinto-me tranquila e, talvez, feliz.
Quiçá!