Cúmulo do improvável, túmulo do inviolável…

(Sobre o filme: “ The choice.”, de 2016.)

 

E não arrancaste a última pétala,

por mim…

A decisiva pétala do bem-me-quer…

Optaste por decretar, por fim,

Meu sentimento como um vil qualquer…

 

Escolheste desconhecer a alva flor da sina,

Que o caminho certo, inocuamente, te apontou…

E a margarida, ainda flor menina,

Com derradeira pétala, o desgosto, murchou. 

 

Mas ainda há tantas margaridas a porvir,

Novas chances de escolhas, por aqui desabrochar, 

E sempre a pétala do mal-me-quer, a te influir, 

E tu, alma vazia, a pétala errada a arrancar. 

 

Ignorada a margarida das escolhas,

Restou-te a perdida rosa dos ventos,

A primeira, condenou-te às vagas bolhas,

A segunda, à mercê dos teus intentos.

 

Se não fui, enfim, teu bem-querer,

Suportarei as flores dos lamentos,

E quiçá, um dia, a flor do merecer,

Me fará flor, de beija-flor, teus pensamentos.