A vida é um sopro
A vida é um sopro
O sopro da vida
Da vida o soprar
Dos lábios de Deus
De Deus os lábios
Que sopra o vento
Que assopra a todo momento
Os caminhos meus
Os meus caminhos
Que eu ando com os meus passos sozinhos
Que eu ando sozinho com os meus passos
Que onde,eu já tive amassos
Com muitas mulheres que de tantos laços
Que se foram e me deixaram aos prantos
De laços e amassos tantos
E que me sobrou foram os meus cantos
Cheio de recantos
O recanto do meu saber
Por eu ser
E a esse mundo imundo pertencer
Onde,eu tive que nascer e crescer
Viver, e ainda hei de envelhecer
E um dia,enfim,morrer
Depois de tanto perecer
Só esperando a minha morte
Chegar a minha única sorte
Sempre vivendo e sabendo
Com a consciência de vida vivida
Que tudo aqui é um sopro
Assim como um instrumento de sopro
Que assim que se assopra começa sua canção
Mas,logo quando,se acaba o ar do fôlego do pulmão
Acaba sua respiração
E para de bater a palpitação
De seu coração
O coração meu
Que não é de Romeu
Mas é de poeta
Que sempre viveu
De uma maneira discreta ou talvez indiscreta
Mas que de qualquer forma ou de toda forma sofreu
E assim como a vida é um sopro
O poeta aqui,morreu
Porém, pelo menos,antes de morrer,ele algo para a eternidade
Ele,assim,escreveu
Que foi seu legado
E que seu único pecado
Não foi ter escrito ainda mais
Para que pudesse ter morrido em paz.
Autor: Wilhans Lima Mickosz