Radical

Nada de tormentos

a cada lembrança

a cada amanhecer

em cada letra

silabando ausências

gotejando carências

apalavrando sentires...

nada de veredictos

lavrando senões

fechando portas

abrindo os olhos

sorvendo verdades

antes mascaradas

ora (re)pensadas

jamais esquecidas

imersas em ilusões...

Nada de lamentos

o agora é o qu'importa

as mãos suam liberdade

o coração, esse,

bombeia coesões

e nas mãos do poeta

só palavras, enlaçadas

ambos, em réplicas,

enroscando-se

em poesia.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 13/11/2023
Reeditado em 13/11/2023
Código do texto: T7931312
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