Visão do tempo pelo seu exterior

O tempo, ele corrigiu a revolução?

Há quem esteja dormindo ante o assombro.

Mas todos parecem aos espasmos de um pesadelo.

O sol se pôs para nascer, ante o mesmo tempo.

O tempo arranha.

Traz consigo a zombaria como essência.

os minutos, as horas, os dias e os séculos são um amém de frente para traz.

Em retrospecto é alter, outro e estrangeiro.

Ao compasso do tempo, sangue

sangrar, sangria, essência do tempo

porque com sangue se funda.

O fim do sangue é o fim do tempo.

O tempo, todavia, sucede o sangue.

Nele as gotas tornam-se fios, rastros, liga

por isso o tempo não corrigi.

Por sua vez, o sangue atravessa.

(interrompe)

Na estrangeiridade do tempo

nota-se seu capricho de nunca ser expectativa

mas ser a si mesmo, na repetência ou no inédito,

(haverá de fato ineditismo no tempo?)

tornando máximas antigas tão novas.

Oh, tempo, quando isto mudará?

No que estás opaco, inconcluso?

Mateus Nascimento.

(madruga de 20 de novembro de 2023)

Mateus Schneider Nascimento
Enviado por Mateus Schneider Nascimento em 20/11/2023
Código do texto: T7935826
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