Acordar

Ao abrir os olhos

Ninguém pode dizer o que vê

Então não se está consciente

Da realidade ao seu redor

E por mais que seja verdade

Que os olhos estão abertos

Não se pode dizer o mesmo

Quanto ao fato de se está acordado.

Passa o tempo

E um sol vai revelando sua luz

Estar se acordando

Aquele que vive

Até o momento,

Quando este chega,

De, aquele que vive,

Contemplar o sol plenamente.

Mas aí então pode acontecer

De este vê seus passos

Passados,

Fazer o caminho inverso

De por onde andou,

E decidir então não caminhar

De certo jeito,

Daquele jeito que andou

Quem em sua mão segurou

E perceber que agora

Pode andar sozinho

Segundo novas concepções

Que em si a luz daquele sol

Depositou...

Quer seja certo ou errado,

Que assim o fizer

É porque não acordou...

E se foi a luz que viu,

Se foi essa luz que o animou

Não há porque pisar errado

Posto não ser mais cego

Aquele que sabe por onde caminhou...

Todavia se alguém traz

Escamas sobre os olhos

Não vai se importar

Se acertou ou errou...

E assim não terá censo,

Não verá a verdade,

Se era ou não luz

Aquilo que o animou

Desta forma não se importa

Com o agente que iniciou,

Ainda dorme, e profundamente,

Jamais acordou...

16.05.2011

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 17/12/2023
Reeditado em 17/12/2023
Código do texto: T7955889
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