VIVER POR QUÊ?
Nas sombras de um silêncio profundo,
O vazio se tece, densa neblina no mundo.
Sem vontade de viver, coração em pausa,
Um poema triste, na alma se embriaga.
Relacionar-se, um fardo pesado a carregar,
Emaranhado de emoções difíceis de decifrar.
Solidão, amiga silente na escuridão,
A dança solitária da desilusão.
As cores do arco-íris desbotam no olhar,
A vida perde o brilho, a esperança a naufragar.
No palco da existência, um espetáculo sem luz,
A vontade de viver desvanece, como poeira na cruz.
Mas em cada sombra, há raios a espreitar,
Pequenas luzes que podem a escuridão dissipar.
Talvez no silêncio, um eco de compaixão,
Um convite à vida, uma nova estação.
Às vezes, a jornada parece difícil demais,
Mas o amanhã ainda guarda promessas e sinais.
Que em versos sombrios, germine a semente,
Da transformação que brota na alma carente.