Mesa de Carnaval

No tom do surdo

Tomo meu copo de cerveja gelada

Estupidamente sozinho

Não quero ouvir desaforo

Fico aqui na companhia

Do riso e das gargalhadas

Da familia alheia e mais nada

Um tira-gosto chega

Ao som prato raso que me distrai

A dor das feridas filha da estrada

Que se renova nos dias de semana

Mas, aqui, sou feliz só no riso

Ou na gargalhada dos bêbados solitários

Que se encontram

Nas discussões apimentadas

Dos assuntos provocados

Pelo dono do botequim

Que não deixa cair o movimento

Assim, passo o Carnaval novamente

Samba no batuque da mesa

Acompanha a estrela Clara

Mesmo longe da beira do mar

Passo o dia até que a estrela

Venha me buscar pra admirar

O sereno do nascer do sol no lá

Luciano Villalba Neto
Enviado por Luciano Villalba Neto em 13/02/2024
Código do texto: T7998149
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