DE QUEM SOU

Do que me faço, quando me desfaço da ousadia?

O que me permito, quando toda regra leva a alegria?

Ceder aos incautos, render-me a seus autos?

Do que me traço, quando meu risco é alegoria?

É nesse passo que vou no adiante sem retorno,

trocando o calor da existência pelo morno,

vivendo de rescaldos enternecidos.

Então refaço, recolho o afago da fantasia,

jogo as migalhas do que mais em mim não poderia,

e reflito assim, o fim da minha poesia.

MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 14/02/2024
Reeditado em 14/02/2024
Código do texto: T7999061
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