SOZINHO E O SILÊNCIO
No vazio da noite, o sozinho e o silêncio se encontraram,
Em uma conversa íntima que poucos compreendiam.
O sozinho, com sua solidão profunda, expressou seu fardo,
Enquanto o silêncio, com sua quietude, o acompanhou em cada palavra.
Sozinho diz:
(Suspira) Às vezes, sinto como se estivesse carregando o peso
do mundo nas minhas costas. É como se ninguém entendesse verdadeiramente
a minha presença, apenas enxergam a solidão que eu represento.
Silêncio diz:
Compreendo, meu amigo. Eu também sou mal compreendido. Muitos me veem
como vazio, ausência de vida. Mas não percebem que sou a moldura na qual
a verdadeira introspecção e reflexão se manifestam.
Sozinho diz:
É exatamente isso! Todos parecem temer minha presença, como se eu fosse
algo a ser evitado a todo custo. Mas não entendem que é no meu abraço que
se encontram as maiores descobertas sobre si mesmos.
Silêncio diz:
Assim como eu, meu caro amigo. Muitos fogem de mim, preenchendo cada
momento com barulho e distração, com medo do que encontrarão em minha
quietude. Mas é no meu domínio que se descobre a verdadeira paz interior.
Sozinho diz:
Talvez seja hora de nos fazer compreendidos, meu amigo. De mostrar ao mundo
que somos mais do que meros sentimentos negativos, mas sim portadores de uma
riqueza interior que só pode ser descoberta na calma e na solidão.
Silêncio diz:
Concordo plenamente, meu companheiro. Talvez seja chegada a hora de revelar
ao mundo o poder transformador que reside em nós, e como juntos podemos guiar
os corações perdidos de volta ao caminho da autodescoberta e da serenidade.
(Sozinho e Silêncio resolveram, compartilhar um entendimento mútuo que vai
além das palavras. Em silêncio, eles se levantam do banco e continuam sua jornada,
prontos para espalhar sua mensagem de aceitação e entendimento aos que estiverem
dispostos a ouvir.)
Muitos não entendiam a linguagem desses dois sentimentos,
Pois viviam em um mundo barulhento e agitado demais para perceber.
Mas naquela conversa, o sozinho e o silêncio encontraram entendimento,
Compreendendo-se mutuamente em sua essência e propósito.
O sozinho não era apenas solidão, mas também introspecção,
Um momento para mergulhar fundo em si mesmo e descobrir sua força.
E o silêncio não era apenas ausência de som, mas também presença,
Uma oportunidade para ouvir a voz interior e encontrar paz.
Assim, juntos, o sozinho e o silêncio revelaram sua verdadeira natureza,
Ensinando aos que os observavam que nem sempre o que parece é,
E que por trás da solidão e do silêncio há beleza e sabedoria,
À espera daqueles que se permitem mergulhar em sua profundidade.