ÓRFÃO

Ela carrega naquela infeliz

Barriga um menino; que se não aborta

Ganhará pelas bênçãos da matriz

A permissão de mendigar à porta;

Como se aquele fosse o benefício:

Receber das "Graças de Deus" a esmola.

No entanto, o seu verdadeiro suplício

Era ter que depender da sacola.

A indiferença não é o pecado

Único; ainda há de ser negligenciado...

“Ao bendito fruto do vosso ventre”,

Tudo. Mesmo quando houver esperança.

E, sem direito algum, essa criança

Continuará órfão enquanto a vida adentre.

Misael Nobrega
Enviado por Misael Nobrega em 31/03/2024
Reeditado em 27/04/2024
Código do texto: T8031993
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