Manifesto do poema humanista.

Assim navegamos

Em sorrisos falsos

Assim tropeçamos nas ruas de asfalto

Livres, porém inconsequentes

Corremos, fugimos, bebemos

Nos perdendo completamente...

De maneira impaciente, já não queremos mais ficar na droga do expediente

8 horas e mais 3 horas de transporte público

Sujeira, violência e besteira

Mais um pula a catraca, seja bem-vindo a ruaceira!

Sem tempo para o agora

Estamos em busca do dinheiro

Que só serve para a saciação das necessidades

E arrumar o nosso bueiro

Um barracão, não lembra não?

Três muleke no chão e uma esposa pedindo dinheiro

E desde janeiro sem receber o salário mínimo

Sem acréscimo ou décimo

Uma vida que não se compra nem o mínimo

Destino existe e com certeza vamos ao declínio

Pobre não tem escolha que lhe mova, vive predestinado na burguesia que realiza o verdadeiro domínio

Produz celular, carro, cordão

Causando nos pobres um completo fascínio

E uma ilusão, da qual sem eles estaríamos completamente perdidos.

Isso não é uma poesia comunista

Eu caminho ao lado do pensamento humanista

Que pensa na criança, negro e o frentista

Aqueles que sofrem tanto e que ponderam 24h para não se jogarem na pista...

Mas o mundo não está fechado

Por isso meus versos são um recado

Abra tua mente, seja menos quadrado

O humano é um só, então abraça agora o que está aí do teu lado

Sem olhar pra raça, gênero ou cor

Hitler apontou-lhes uma arma

Por isso digo: seja diferente e o entregue uma flor.

Gabriel Régis feijão
Enviado por Gabriel Régis feijão em 27/04/2024
Código do texto: T8050940
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.