Eu só peço a Deus um pouco de malandragem
[Vago]sem razão pela rua.
[À procura]daquilo que perdi.
[Dá razão], do sentido. Do querer...
[Sempre]questionando-me donde está.
[Sem respostas]... Indago a lua.
[Tenho]inúmeros mestrados na parede.
[Dinheiro]de montão.
[Mas]não posso comprar o que desejo.
[Não]consigo ter o que os outros tem.
[Tenho]inúmeras mulheres ao meu querer.
[Felicidade]e prazer, entretanto, são coisas diferentes.
[Eu queria]sair dessa alienação minha.
[Viver]intensamente e amar loucamente.
[Porém], não é isso o que tem acontecido.
[Apenas]choramingo pelos bares.
[Existo]sem saber a razão de ser o que sou.
[Sou um tolo], eu sei. Eu poderia simplesmente ir viver.
[Mas]tenho que me resolver antes de tudo.
[Não]apenas, ignorar o que sinto.
[Incrédulo]de não ligar para os sinais do corpo? Eu? Jamais!
Perco-me, fantasiando entre os poemas irreais de Camões.
Admiro a representação da natureza humana em Berserk, feita por Miura.
Sinto-me só, com a indiferença do animais na rua.
Gélido. Sem amor para aquecer a alma.
Vazio. Sem razão e propósito para seguir caminhando.
Caído frente a uma poça d'água, como Narciso, olho-me olho no olho.
Quem tu és? O quê queres? Para o que sirvo? Estou vivendo ou apenas existindo?
[Um]amor agora, não preencheria o meu ser.
[Tal]futilidade não é necessária.
[Mago]que é mago, vive por si e por sua magia.
[Uma vez me disse]um gato...
[Para perguntar]a "ela", a sua deusa.
[À lua], portadora das respostas não dadas.
[Eu o fiz!]Não esperando nada em troca.
[Até hoje]lembro daquele momento com vergonha.
[Ela]ficou na dela, nem pena sentiu de mim.
[Nunca]odiei tanto um corpo celeste.
[Me]diga Deus! Por que me criaste!?
[Respondeu]então o todo poderoso, como sempre fez. Com atos que eu não compreendia.
Que crise existencial...
POR QUE POETAS SOFREM TANTO? POR QUE FILÓSOFOS SÃO TÃO INSANOS!?