Caminhos
Corra ao estalar dos dedos,
Finja, nada mais importa,
Morra ao fugir de seu desejo,
Sinta e destranque a porta.
Entre todas as coisas do mundo,
O fósforo queima, mortal,
As veias contém o ódio,
Nada que não seja tão mal.
Sentir-se de um modo impuro,
Aquilo que se chama dor,
Presença constante,
A paranóia de uma simples flor.
Até que pode ser um alívio,
Mergulhar dentro da própria alma,
E ao calar da noite,
O que lhe falta é a calma.