NOSTALGIAS OUTONAIS
No silêncio do tempo arfam folhas caídas.
Atreladas em danças, lentas ciladas do vento,
que ora desenham, manhãs tão envelhecidas!
Agita-se inquieto o âmago dos sentimentos...
Apartam-se cores nas aquarelas outonais,
tons amarelecidos revelam anseios antigos!
Alma hiberna o olhar nas fontes lacrimais,
nó da solidão macula o fulgor dos sentidos.
Gira a vida, constante carrossel de estações...
Gotas de saudades ponteiam a pele em invernias.
Pausa no corpo, só retalhos de perdidas ilusões
em noites virginais, ataviam suas nostalgias...
21/05/2008