NOSTALGIAS OUTONAIS

 
No silêncio do tempo arfam folhas caídas.
Atreladas  em danças, lentas ciladas do vento,
que ora desenham, manhãs  tão envelhecidas!
Agita-se inquieto o âmago dos sentimentos...

 
Apartam-se  cores nas aquarelas outonais,
tons amarelecidos revelam anseios antigos!
Alma hiberna o olhar nas fontes lacrimais,
nó da solidão macula o fulgor dos sentidos.

 
Gira a vida, constante carrossel de estações...
Gotas de saudades ponteiam a pele em invernias.
Pausa no corpo, só  retalhos de perdidas ilusões
em noites virginais, ataviam suas nostalgias...
 

21/05/2008
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 28/05/2008
Reeditado em 22/10/2009
Código do texto: T1008804