Ausência II
Abro meus olhos para te ver chegar
E a saudade aperta, teu encanto
Não quero esperanças, nem ver pranto
Toda culpa é em vão, pode condenar.
Canta para mim qualquer canção
Em acordes, versos e tons de amor
Abrigando meu solitário coração
Sangrando sinfonias de pura dor.
Será que nas trevas há esplendor?
Submeto-me a qualquer revés da sorte
Pois, sou poeta, virei desafinado cantor
Criatura ao léu desleixado, querendo ser forte.
Arrancando o grito do peito: "Quero abrigo!"
Neste momento em que vejo a morte
Das horas más em que não estás comigo.
Bin - Robinho