I N F E L I Z

Pensando no passado distante eu vi o êrro que cometi.

Por isso, nem mesmo as lágrimas me tornam menos infeliz.

Não me adianta ter a compreensão do mundo e não ter você.

De que me adianta a glória, se fui culpado de te perder.

Agora eu fujo da verdade tentando enganar a mim mesmo.

Agora sou eu que sigo no mundo à fora, vagando à êsmo.

Sem o teu amor eu não sou nada, vivo à sombra da ilusão.

Resta-me viver com a tua lembrança guardada no coração.

Maldito para sempre será o dia em que eu te perdi.

Infeliz eu sou porque o teu amor de volta, não consegui.

Chorar não adianta mais, o teu amor agora é de outro.

Eu tenho que aceitar a vida ou viver como um louco.

O teu amor mexeu demais com o meu coração.

E eu sei que mereço ser por você esquecido.

Mas tudo ainda eu faria para ter o teu perdão.

Infeliz eu continuo, sem o teu amor, perdido.

Manaus, 08 de agosto de 1992.

Marcos Antonio Costa da Silva